terça-feira, 24 de agosto de 2010

''Pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo''

O desejo de compartilhar a realização de algo feliz torna-se para mim uma necessidade desde o instante em que se fez algo feliz! Pois então:

Identificar as relações de poder que nos oprime é o primeiro passo para romper essa ordem já naturalizada no nosso psíquico. Questioná-las por si só não altera a ordem pré-estabelecida das coisas. Faz se necessário além do acumulo teórico, a prática da rebeldia nos ambientes de convívio rotineiro, a quebra das regras impostas pela sociedade da classe dominante. Chega-se então a conclusão de que de fato existe uma sociedade classista dividida entre dominadores e dominados.
Enfim, como então se daria essa relação: opressor x oprimido? Em que ambientes elas se manifestam? Como ela pode influenciar no cotidiano? Nas relações afetivas? Elas se dão somente por meio da força? Ou a igreja, a televisão, ou até mesmo um discurso político pode legitimar essas relações de modo que mantém e reproduz a base da sociedade capitalista?
É possível exemplificar algumas dessas relações no nosso cotidiano, então vejamos:

• No ambiente de trabalho, onde o trabalhador, destituído dos meios de produção, se vê obrigado a vender o que tem: sua força de trabalho, sua capacidade criativa, seu corpo, sua voz etc.;

• Na escola, onde os estudantes tendem a se submeter à hierarquia existente;

• Em casa, onde o pai dita as regras, a mãe as repassa aos filhos e o mais velho por sua vez ao filho menor, esse ao cachorro, que repassa ao gato e este ao rato;

• Na igreja, onde o pastor (padre etc.) dita as regras celestiais aos seus fiéis, que obedecem cegamente. E que também legitima a sociedade classista, especista, machista, homofóbica, preconceituosa, etnocentrista, opressora etc.;

• Na rotina da trabalhadora dona de casa;

Percebe-se então que através de alguns aparelhos ideológicos é possível controlar, monitorar, ordenar, ditar, a atividade prática do ser humano dentro da sociedade em que estamos inseridos. Através de propagandas vende-se a necessidade de se ter um aparelho celular mais moderno que seus amigos, de que é necessário também usar as roupas que a modelo desfila, de que temos que a todo instante obedecer à classe dominante sem questionar.

“Só quem se movimenta sente as correntes que o prendem.” Rosa Luxemburgo

3 comentários:

  1. aquela foto causa revolta por ser uma mulher branca acorrentada... queria ver se fosse uma mulher negra, iam achar normal... será?
    Ai... luta de classes...

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  2. Luta de classes, luta de gênero, luta etnia, luta de sexo ... Uma luta constante para ver quem consegue oprimir mais!
    Concordo que a foto de uma mulher negra acorrentada já está naturalizada, mas não só por ser negra, também por simplesmente ser mulher. Consequência dessa sociedade machista!

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  3. Olá.
    Procurava uma imagem no google para ilustrar um poema que intitulei: Tudo pela ordem pré-estabelecida, então cheguei até vc. Vou passar sempre por aqui e manter acesa a chama da luta pela liberdade individual, contra a opressão capitalista. (espero que não se importe em dividir a imagem.)
    Abço.

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